“Os espíritos constituem o mundo espiritual, como nós
constituímos, durante a nossa vida, o mundo corporal” (KARDEC, 2002).
Espíritos são uma questão de crença? Para aqueles que
mantiveram qualquer tipo de contato, como médiuns, sensitivos, paranormais,
xamãs, religiosos, etc, não; mas muitos consideram espíritos algo sobrenatural,
principalmente, aqui no Ocidente. Atualmente, e, em todas as épocas, povos,
têm-se notícias de contatos. São aceitos, em algumas religiões orientais e
espiritualistas, como parte do mundo natural. Já os católicos acreditam em
Anjos e Demônios, expulsam os últimos através do exorcismo, e é desta maneira
por vários séculos, aceitam as aparições de Maria e de alguns Santos, mas não
acreditam na possibilidade de que os homens, após morrerem, possam voltar à
vida, o que se contrapõe a alguns versículos do Novo Testamento, uma das bases
desta religião: “Porque se os mortos não ressuscitam, também Cristo não
ressuscitou.” (CORINTIOS, 15:16).
Se tudo na natureza está em evolução, se recicla, se
transforma, como podemos conceber que nós, filhos de Deus, temos uma
oportunidade apenas, sendo tão diferenciadas as provas uns dos outros. Parte da
religião espiritualista e da Teosofia concordam veementemente com isto,
admitindo que os espíritos passam pela forma de todos os corpos vegetais e
animais viventes, antes de tomar tal roupagem (humana) (BLAVATSKY,1993).
Então os espíritos, desde sua criação, em sua forma
mais primitiva, passam por etapas evolutivas e reencarnações, com algumas
tarefas e aprendizados a serem cumpridos, ora estacionando, ora galgando, pouco
a pouco, a escala evolutiva até chegarem ao patamar dos Anjos ou seres
iluminados: “Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do
filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo”
(EFÉSIOS, 3:13). Espíritas defendem que, quando chegam nesta etapa, os
espíritos evoluídos se tornam os co-criadores dos planetas e sistemas, sendo
Jesus Cristo o co-criador do planeta Terra: “Jesus recebeu o orbe terrestre,
quando a bola incandescente se desprendia da massa solar. Trabalhou na formação
do Planeta, criando e plasmando, através do pensamento concreto do Criador numa
co-criação perfeita, verdadeira riqueza de plasmagem.” (XAVIER, C. Mecanismos
da Mediunidade, 1996).
Todos os Planetas têm um tempo de vida, em nosso
prisma, um tempão. A Terra, por exemplo, não é mais um planeta primitivo, é um
planeta de provas e expiações que agora evoluirá para um planeta de
regeneração. O que seria isso? Bom, o nosso orbe vai passar por uma limpeza
magnética e física, a temperatura será mais amena, talvez não tenhamos animais
ou eles acompanharão esta evolução, e, os próximos espíritos que reencarnarem
serão mais evoluídos: mais belos, mais refinados, mais verdadeiros, mais sábios
e terão outros meios de deslocamento e comunicação do que os atuais, diferentes
de nós. Essa evolução continua ad infinitum
e, pode ter certeza, não se dará somente através das tecnologias criadas pelo
homem.
Os espíritos também estão em evolução. Os guias de
esquerda, na Umbanda, chamados Exus e, Pombas-gira, são espíritos que tem o
corpo espiritual mais denso e conseguem manipular as energias e controlar mais
facilmente os espíritos menos esclarecidos e os desencarnados; são os que
executam os trabalhos na Terra. Podem fazer trabalhos tanto para o bem, como
para o mal, assim como todos nós, dependendo apenas de seu livre-arbítrio e do
médium (ou aparelho) com o qual se comprometeram.
Existe um sincretismo religioso dos orixás para com os
santos católicos, que não será citado, mas no caso daqueles guias que trabalham
para o mal; no catolicismo seriam chamados de Demônios, no espiritismo de
espíritos menos evoluídos e no esoterismo de magos do mal, por exemplo. Os da
mata, como caboclos, preto-velhos, índios, trabalham com a cura, com a
orientação através das palavras, e comandam os de esquerda. Podem ser muito
evoluídos e iluminados, também, podem estacionar ou continuar a evoluir
bastante, dependendo de seus trabalhos. Existe uma hierarquia espiritual que se
dá simplesmente por intermédio do nível de evolução do espírito, onde o mais
evoluído domina o mais primitivo, por direito da Lei.
Logo após o desencarne o espírito tem seu corpo físico
desligado do seu perispírito e pode ser rápido ou demorar de dias até anos,
dependendo, apenas, de quão ligado é o espírito a matéria. Por isso escutam-se
muitos casos de medo e impressões das pessoas, por terem sido enterradas vivas
dentro de caixões ou queimadas. Logo depois são encaminhados ou levados para a
“luz”, que pode ser trevas também, e, quando estiverem recuperados (boa parte
dorme ou fica confusa) podem até retornar para visitas aos encarnados, pois,
alguns espíritos mais evoluídos ou mais inteligentes
e maus, deslocam-se na velocidade do pensamento, plasmam elementos no plano
espiritual e no físico, transformam seu perispírito no que lhes apetece, são
telepatas, dominam em parte a onisciência, entre outras características. Essa
horda é de Magos do Mau e domina o lado negro da lua.
Os espíritos perdidos, pulsando no mal, viciados, materialistas, homicidas,
que não queriam morrer ou desejem vingança, não vão para o seu mundo espiritual
correspondente, ficam aqui pela crosta terrestre, em busca do que lhes apetece
ou subjugados por algozes. Eles sentem tudo o que sentimos, dado a baixa
vibração, próxima da crosta, e, com os passar dos séculos vão perdendo a forma
humana. São eles que, geralmente, assombram casas e pessoas, chamados de
encosto ou obsessores. E precisam, continuamente, de energia para ficar e se
manifestar na Terra; essa energia pode ser obtida através do ectoplasma de
médiuns[1]
fluido emitido por todos, pelas orelhas, boca e nariz, mas, alguns médiuns
possuem em maior quantidade, da água (de poços, rios, lençóis freáticos),
energia telúrica, elétrica, magnética, dependendo dos fins.
Os espíritos interagem conosco através de sugestões e
plasmando elementos em nossos corpos espirituais. Quando são evoluídos podem
efetuar curas em todos nossos corpos (físico, espiritual, mental, emocional),
nos proteger de perigos, nos direcionarem por melhores caminhos e fazer
verdadeiros milagres, dependendo do merecimento da pessoa, mas, o contrário
também é verdadeiro. A atração de tal ou qual espírito dependerá, apenas, de
quais tipos de vibrações estamos emitindo que pode se tornar um ciclo que se
auto-alimenta, de forma lenta e contínua, e, por este motivo, devemos sempre
cuidar de nossa parte espiritual para que não haja um acúmulo destas
influências que, às vezes, geram resultados funestos em nossa vida e em nosso
corpo, como doenças momentâneas e sem explicação, alguns casos de epilepsia,
sonambulismo, insônia, esquizofrenia, e doenças mortais.
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do texto, favor citar a referência.
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Faço
feitiços, magia, curas espirituais.
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