Olha o Rei

Pude observar uma conduta resultante da criação das gerações X e Y, pelos pais, da geração baby boomers.
Os baby boomers trabalham freneticamente e foram responsáveis por esse salto quântico em comodidades, em tecnologia, em belezas para humanidade. Mas só para a humanidade? Não, nem isso.
Para trazer todas estas benesses econômicas e evolucionistas, acabou não tendo tempo para um item: Seus filhos. E o escasso tempo que sobrava foi amplamente usado com trocas, presentes, liberalidades no comportamento, mimos, extravagâncias, afagos, paparicos, de forma a compensar a falta da presença dos pais no desenvolvimento da vida dos filhos ou possíveis traumas de necessidades até mesmo básicas para sobrevivência dos pais nas suas respectivas infâncias. Ou seja, não houve punição porque os pais estavam ocupados com outras coisas e presenteavam até mesmo o mau comportamento. Fazer o que, né gente, não podemos descascar duas batatas ao mesmo tempo.
Muitos baby boomers, por conta do molde de seus desejos e condutas pela mídia capitalista criaram os rebentos completos do capitalismo: Pessoas fúteis, que só pensam em usufruir e esquecem do conjunto, do Planeta, por achar que não tem de compartilhar; tem a inveja como status quo, pois estão sempre competindo e tem de ser melhores que os outros, caso “percam” ou se sentirem diminuídas querem tirar do outro, porém, tudo na maior falsidade possível, não se assumem para conseguir maiores admiradores; preguiçosas por terem tudo na mão; egocêntricas; impacientes porque sempre tiveram tudo na hora e tudo isso porque foram mimadas por pais cheios de culpa e com falta de tempo.
Quais os estragos de colocarmos milhares de egoístas no mundo em busca de suas metas? Quantos pais acompanharam a vida toda os erros de conduta de seus filhos e deram sua benção, por não o combaterem. Foi preguiça? Falta de tempo? Optar sempre pela conduta mais fácil? Deixar/Mandar os outros mimarem? Quando foi que Mimar virou sinônimo de educar? Quantas pessoas dessas são necessárias para acabar rapidinho com um Planeta?
Uma pessoa mimada pensa que o outro tem a obrigação de lhe fazer feliz e cobra. Essa pessoa conseguirá respeitar a vontade do outro se for oposta a sua? Para quem nunca teve de fazer nenhum sacrifício na vida, fica fácil. Porém essa facilidade toda tira a vontade de crescer e vencer os desafios, porque vem tudo na mão de qualquer jeito. Essa facilidade traz infelicidade e uma felicidade incompleta, vazia então, como alguém assim poderá amar? Qual o caráter que poderá cultivar? Essa pessoa se transformará num poço de cobranças ou de doações para aqueles que precisam? Não estou falando de mendigo não. (Falando nisso não adianta você dar uma esmola e fazer show, só fica feio, só expõe muito mais o que precisa esconder – a gente cria o teatro pra fugir da realidade). Estou falando de como você faz e dá diariamente aos seus MUITO próximos. Lembrem-se vocês que criam monstrinhos egocêntricos: Vocês terão de conviver diariamente com eles, eu não.
“Macaco vê, macaco faz (Eu não sei porque). Prefiro estar morto que ser legal (Eu não sei porque)” (NIRVANA, Música Stay Away)
Mas é claro que os X e os Y não cometeram os mesmo erros, até porque, não conseguem, portanto a criação dos filhos tende a ter impaciência e falta de vontade (até mesmo de ter filhos) do que mimos. Mimar exige esforço por outra pessoa.
É um problema sempre ter tudo o que quer? Acho que os pais podem dar a falsa sensação de que sim, você pode, mas isso só gera frustação porque estamos criando nossos filhos para viver em sociedade e é necessário que as pessoas saibam aceitar as perdas, as derrotas, as tristezas, saber se retirar se necessário, até mesmo as humilhações se nós causamos dor e temos culpas, sem achar que isso te faz menor perante os outros; altos e baixos fazem parte da vida. Criar um monte de crianças Rivotril que estão sorrindo quando sentem vontade de chorar significa, realmente, uma evolução? Existe diferença entre fingir estar e estar? Quando uma pessoa dessa conseguirá aprender com sua própria tristeza? A do próximo então? Nem liga, não vê a sua.
No aprendizado tem quem pare no “Ame aos outros”; alguns ficam no “ame a ti mesmo”, e poucos no Ame a Deus sobre todas as coisas. Mas muitas vezes, misturar é ótimo. Que tal tentarmos um pouquinho dos 3: “Ame a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. “. (JESUS)


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