Com o lance de jogar a criança em um clima crescente de competição escolar, entre irmãos, primos, amigos, no trânsito e, no trabalho, nem se fala. Isto, infelizmente, faz com que as pessoas fiquem distantes e ressabiadas, olhando com medo para fora, buscando modelos ideais a seguir, às vezes, nem próximos do que nunca foram ou serão, seus sonho de vida, seus valores.
E isto tem início na infância, pois, quanto mais diferente a criança for do grupo, mais a pessoa sofre com preconceitos, perseguições, observações depreciativas, o que lhes serve para tentar se distanciar do seu Eu, e causa muito questionamento, culpa, sofrimento....
Depois tendem a tentar seguir padrões de comportamento, se enquadrar , indicados por algum especialista ou líder, seja de moda, de modos, ou de como devemos viver, relacionados a níveis sociais, a sexualidade, tipos de música, gostos, jogos, etc, geralmente ditados pela mídia. E quando estamos na adolescência, buscamos este tipo de interação com “alguns” outros, quais achamos semelhantes a nós. E isto se chama enturmar-se.
Aí envelhecemos e começamos a nos encarar, apenas nós, não mais uma busca insana de uma perfeição surreal, super algo: super famoso, super lindo, super inteligente, super rico, ou qualquer outro super; conseguimos ver a perfeição que está dentro do nosso máximo, apenas, sempre fazendo o melhor que se pode. Após algumas análises, a verdade que é emerge, é impossível ser o que o outro é, até porque só nos traria infelicidade, frustração. Ter o que o outro tem é mesmo importante?
E principalmente, ser influenciado por alguém que disse algo ofensivo, agressivo, nos deixar infectar por emoções dos outros, é o esperado? Tá todo mundo explodindo por aí, ora por TPM ou por discussão de trânsito. Decerto a correria cobre seus impostos através do stress e da irritação, mas e quando nos deixamos levar pelo sentimento do outro numa briga? Se alguém joga lixo numa praia deserta, você tomará a mesma atitude só porque ela o fez? E isto é diferente, por acaso?
As pessoas que criticam, que apontam, que apóiam sua personalidade e vidas em pontos de mágoas do passado e nos erros dos outros, em muitos sentidos, são castradoras porque se deixam bloquear por algo que foi e não conseguem apreciar as boas coisas que chegam. E para saborear as coisas boas precisamos ter paladar, ter um órgão de sentido e o usar. O nosso órgão de sentido é o cérebro e o paladar a mente, ela julga o que é certo e errado, o que fazer e o que não fazer, o que aprender e o que não aprender, mas, em geral, a deriva, pois não a comandamos como podemos.
Para medir o certo e o errado baseando-se no: “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao teu irmão como a ti mesmo”, não tem como errar. Se não gostaríamos de receber o que fazemos, óbvio que o outro também não, dificilmente será bom para alguém, porque o sofrimento só pode trazer sofrimento. Sofrimento que pode, sim, ser um elemento catalisador de mudança, mudança esta que pode gerar felicidade ou de novo dor, portanto, melhor semear algo bacana, em si e no outro, e aprender com a dor que passou. E, afinal, sempre há em cada um, no mínimo, um quê ou algo super bacana... Mas sem idolatrias, somente nós mesmos praticando o que achamos melhor, fora dos padrões dos modelos humanos, ou, pelo menos, únicos.
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